nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." Romanos 8:38,39
Como ministro religioso, celebro casamentos e tenho a oportunidade de testemunhar a cristalização do amor - através dos corpos e almas, inundadas de felicidade e atração mutua
Também, por ser pastor, infelizmente já presenciei o desmoronamento dos sonhos daqueles que um dia foram atingidos em cheio pelas setas lancinantes de Eros.
Afinal, o que ocorre com seres que estão - e em pouco tempo não estão mais - profundamente devotados um ao outro?
O que ocorre com eles, a ponto de serem dominados por seu "anverso emocional"?
O amor de Deus - decantado e vivido por Jesus Cristo - louca e incrivelmente permanece. Não sofre diminuição ou avaria, apesar do que haja de pior em nós.
O Santo Carpinteiro chegou ao descalabro de afirmar que as prostitutas entrariam no Céu - bem antes de gente como a maioria de nós, que se acha aprovável e aceita socialmente.
De outra feita, Ele, o Senhor, disse que não viera para os "sãos", mas para os "doentes".
O amor de Deus não se deixa influenciar por méritos e virtudes, mas pelo que há de mais curioso, contraditório e reprovável em nós.
Eu, por certo, prefiro naturalmente as pessoas agradáveis, tendo facilmente a amar gente amável e a optar por gente luminosa.
Entretanto, o amor de Deus vai ao encontro de gente condenável socialmente; abraça prioritariamente gente rejeitável pela maioria de nós. Ama a todos, inclusive os invisíveis e execrados aos olhos dos bons costumes.
Essa foi a grande novidade do discurso de Jesus, sob o codinome "Evangelho": o fato de que somos amados por Deus - apesar de sabermos quem somos em nosso anverso. Podemos acreditar sim e desfrutar desta boa novidade: Deus nos ama!