sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Alegria em ser santo

 
“Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.” (Lv 20.7)
“porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.” (Pe 1.16)
Integridade não é um conceito moralista, uma exigência vazia, sustentada por corrente religiosa que requer de seus fiéis sacrifício sobre-humano apenas com motivação de fundo asceta. Bem ao contrário, integridade é a base de toda saúde psicológica, física, social e espiritual. Não há nada mais saudável do que viver em harmonia e coerência consigo e com todos que estão à sua volta.
Ao anunciar a Moisés o Seu desejo para que seu povo fosse santo, Deus estava apontando o caminho único e insubstituível para uma vida sã e abençoada. Ser santo, ser íntegro, ser coerente, é garantir uma vida autêntica e indisfarçável.
Toda nossa constituição fisiológica é inclinada à verdade, pois quando mentimos ocorre sintomática alteração em nosso funcionamento orgânico. Nosso tônus muscular enrijece, adrenalina é jogada em nossa corrente sanguínea, e, por conseguinte, há disparo em nossos batimentos cardíacos e nossas pupilas dilatam, entre outros efeitos.
A melhor forma de vida é desejar, lutar e permanecer na verdade. Ser santo é mais do que ser todo “certinho”. Isso pode significar moralismo vazio, que pode escravizar e tornar a vida um absoluto fardo. Mas ser santo é aspirar ser coerente. E sê-lo, muitas vezes, é entrar em contato com sentimentos e comportamentos contraditórios. Porém, ao fazê-lo, viveremos na dimensão da verdade, da total impossibilidade de encarnarmos um personagem, mas, muito ao contrário, primamos em compreender, aceitar e buscar superar essa parte sombria que também faz parte de nós.
Somente pela óptica exposta acima é que conseguimos compreender a defesa de Jesus ao publicano (Lc 18.10-14), e não ao fariseu. É simples! Jesus não acha admirável o comportamento do publicano, mas frisa a importância de ser íntegro, verdadeiro, finalmente santo, admitir quem se é e desejar ser alguém melhor. E trabalhar sinceramente por isso.
Santidade que não respeita valores da própria humanidade pode funcionar inicialmente, mas fará do corpo um cárcere e da vida um próprio inferno em vida. Mas não é isso que o nosso amoroso Deus deseja para nós. Muito ao contrário, Deus quer que tenhamos Vida durante toda a vida, e a tenhamos em abundância.