quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Feliz 2016!

Vai ano e entra ano e continua a estrada em direção ao sonho.

Sonho! filho do vento, vizinho dos algodões celestes.

Sou visitado pelos algozes do tempo, são impiedosos!

Confrontam-me com a verdadeira lista de meus fracassos.

Sou amigo da esperança que frente ao cenário de juízo, corre ao meu encontro e desembainha a espada da fé.

O Carpinteiro Santo me ensinou com seus gestos generosos, singelos e solidários, que a fé é magnifica como os oceanos, mas sensível como a fresca brisa de uma manhã de outono.

Acreditem, digo para todos ouvirem, ainda que saiba que os peixes só saibam nadar: Eu O vi!

Ele sorria, como quem sabe de tudo...

Vi meu próprio caminho!

Vi meus sonhos e amigos!

Vi meus mais chegados, me senti amado!

Sinto profunda paz e o medo já não existe!

Seja como ou onde for que me levar o bissexto ano, eu estarei confortado e seguro!

Sei, mesmo sem saber, que o pai de Jesus Cristo, é gentil, amoroso e cuidadoso.

Ele está sempre planejando o melhor para mim.


Feliz 2016!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Gotículas da Graça - Natal, e o brasil de Eduardo Cunha.

Natal, e o brasil de Eduardo Cunha.

...seu reinado não terá fim..."

Ao ler, mais uma vez, o emocionante diálogo entre o anjo Gabriel e Maria, minhas emoções afloram e meu espírito se enche de pura esperança.
  
Ao ver, mais uma vez, o presidente da Câmara Federal, o sr. Eduardo Cunha, espoliando a esperança e senso ético, tão comum à nossa gente, deste meu lindo e pulsante país, útero de um povo que só faz trabalhar e sonhar com sua redenção, sou convidado a desistir e sepultar o melhor de mim.

Nossas vergonhas estão expostas, nosso caráter nacional revelado maculado, há uma crescente sombra trevosa se agigantando do Oiapoque ao Chui.

Melhor que fosse em tempo algum! Melhor que fosse em lugar algum! Melhor que fosse sobre pessoa nenhuma!

Melhor que tenha sido em dezembro! Melhor que as luzes natalinas pisquem sem cessar! Melhor que o  sorriso dos pequeninos, dos quais é feito o Reino de Deus, nos aponte a saída.

O brasil de Eduardo Cunha não será vitorioso!

O Brasil de Guga, o tenista; de Célia, minha diarista; de Medina, o surfista; de todos nós, sambistas, que nos equilibramos  sobre nossos pés e sonhos, que insistimos em sobreviver a toda sorte de desesperança e violência, contrárias a nosso amanhã.

 Esse é o Brasil gigante, do Moro, do Janot, dos silenciosos e desconhecidos heróis abrigados nos trens, ônibus, barcas e ruelas descalças da cidade que adormece e acorda sob a esperança do menino Deus.

É Natal! Tudo aponta para o novo, para o nascer da vida viva, para a renovação do folego do Sol.

É Natal! Estrela fulgurante! Pastores exuberantes! Anjos celebrantes! Pastos verdejantes!

É Natal! Maria e José, casal solitário, mas alimentados pela subversão da lógica, que os salva do medo, de desistirem, e, do que seria pior, da alto comiseração.

É Natal! Convido você, para comigo clamar ao menino Jesus, que nos comunique um pouco de Si, o que já será o bastante para que o nosso Brasil reaja e vença o brasil do Cunha.

É Natal! É Natal! É Natal!


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Amor e Solidão

" ... pai, por que me desamparaste? " Jesus Cristo

São palavras vindas de alguém absolutamente apavorado, ao experimentar a agudez da morte e a total solidão fria, infinita e profundamente singular.

Não há nada, não há o outro, não há existência para além de si.

O corre-corre defendido como essencial pela sociedade tecnológica, competitiva e niilista, afasta o assombro dos  "demônios" do vazio e da solidão, que inevitavelmente nos estremecem para proporcionar reflexão e mergulho em direção ao centro do ser, fazendo inveja a Julio Verne.

O verdadeiro e profundo amor só é possível de ser encontrado e experimentado quando este nasce genuinamente das profundezas da solidão.

A solidão nos permite enxergar todo amedrontador cenário do reconhecimento de quem de fato somos e do que somos capazes e incapazes de ser.

A solidão não se distrai com luzes sedutoras, corpos inebriantes, mas opta em ser sisudamente focada, silenciosa, pouco ou quase nada simpática.

Ela assemelha-se a uma sala espelhada, de tal forma que nos vemos inevitavelmente, seja onde estivermos.

Depois de esgotadas as técnicas de defesa, a solidão nos imobiliza e nos leva à rendição e admissão de que precisamos de algo, precisamos de ajuda, precisamos de ser e do Ser.

O amor de Deus não precisa ser chantageado por nossas habilidades.

O amor do Pai não se sente menos ou mais interessado frente ao que lhe possamos oferecer de atraente e lucrativo.

O amor do Eterno não é um jogo de vantagens, nem se supre por ações meritórias ou exemplar caráter.

O genuíno amor do Pai de Jesus Cristo se sente interessado pelo o que há de mais profundamente assertivo em nós, seja fétido ou não.

O amor de Deus só se sente à vontade quando é convidado a se sentar ao chão e depois de muito papo , humanidade em plena exuberância, lhe apresentamos tudo que foi gerado no útero da solidão.

Àqueles que procuram e querem experimentar o profundo, genuíno
e verdadeiro amor, lhes sugiro: sejam!

Para isso, basta corajosamente ficarem sós, absolutamente transparecidos e radicalmente revelados à Deus.