“Quando a Deus fizeres algum
voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que
fazes.” (Ec 5.4)
É costumeira a prática de compreendermos
voto como sacrifício pessoal. É bastante comum acreditarmos que sofrimento tem a
ver com aproximação de Deus e uma porta de passagem para um relacionamento estreito
com o Senhor.

Também é costumeiro dar a Deus
o esforço sobre-humano em troca de ter do Senhor o atendimento das súplicas que
apontam para os tantos impossíveis desejados por nós: a cura da doença; vermos o
nosso nome na lista dos aprovados no concurso sonhado há tanto; a conversão do cônjuge
endurecido de coração desde o namoro.
Ouvi Rubem Alves dizer algo que
achei genial e nunca mais esqueci: “por que as pessoas acham que Deus não gosta
de flores...”.
Sim, compreendo e concordo com
Rubem Alves.
Por que as pessoas não fazem
votos a Deus em troca de flores, muitas flores?
Deus é legal, leve, tem bom gosto,
não se agrada de sacrifício, mas de gente sincera e construtora de felicidade.
Deus não sorri à toa, mas sorri
gratuita e generosamente. Deus gosta de orquídea, rosa, angélica, bouvardia, centáurea
e tantas outras flores.
Quero me encorajar a oferecer
flores, muitas flores a Deus, em nome de votos que sei que não os mereço ver atendidos.
Mas, mesmo assim, eu os quero pedir a Deus, e sem esses usuais sacrifícios, esses
que promovem dores e sofrimentos, mas, muito ao contrário, rogo ao bom Pai dos céus
que me atenda, mas o que lhe oferecerei em troca serão flores, muitas flores.